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Capital

Presos que mataram colega de cela são condenados a 13 anos cada

Carlos Quevedo cumpria pena por tráfico de drogas e foi colocado na cela disciplinar no dia do assassinato

Por Ana Paula Chuva | 02/05/2024 13:23
Vandelson e Talisson sentados no banco dos réus durante julgamento (Foto: Henrique Kawaminami)
Vandelson e Talisson sentados no banco dos réus durante julgamento (Foto: Henrique Kawaminami)

Vandelson Britez Machado, 23 anos, e Talisson da Silva Nascimento, 25, foram condenados a 13 anos de prisão, cada um, pelo assassinato de Carlos Quevedo da Silva. O crime aconteceu no dia 26 de julho de 2022 dentro do Instituto Penal de Campo Grande, localizado no Bairro Jardim Noroeste. Vítima e autores compartilhavam a mesma cela na unidade penal.

Carlos foi morto após uma discussão com os acusados. Antes de ser enforcado com uma corda improvisada, o homem de 31 anos foi agredido pelos outros dois detentos que forjaram um cenário de suicídio colocando a vítima suspensa na cela. No entanto, acabaram confessando o crime depois.

Os dois foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em dezembro do mesmo ano por homicídio qualificado por meio cruel. Segundo depoimento de Vandelson, ele e a vítima haviam se desentendido dias antes por conta de um aparelho celular e Carlos foi colocado na cela disciplinar com os autores no dia em que foi morto.

Hoje, Vandelson e Talisson passaram por julgamento na Vara do Tribunal do Júri e o Conselho de Sentença, por maioria de votos, decidiu condená-los pelo homicídio qualificado. O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida assina a sentença de 13 anos em regime para cada um por se tratar de crime hediondo e por ambos serem reincidentes.

Talisson disse à polícia que estava no Instituto Penal há três meses, depois de ser transferido da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), e estava há 15 dias no “castigo”. Ele afirmou ainda que já tinha desavenças com Carlos desde 2021, quando esteve na unidade penal pela primeira vez, no entanto, alegou que a vítima havia sido morta por Vandelson, após discussão na cela.

Carlos cumpria pena na unidade desde 2 de agosto de 2021 por tráfico de drogas, segundo informado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) na época do crime. Vandelson estava no presídio por furto e Talisson por estupro, lesão corporal, roubo e homicídio.

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